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Showing posts from June, 2017

Quando o cinema fica "preso ao símbolo, incapaz de se apagar diante das coisas"

Neste mês de junho o blogue do crítico decinema do Estadão Luiz Carlos Merten traz uma série de comentários sobre o livro L’Art d’Aimer , coletâneas com textos diversos do crítico francês Jean Douchet, incuindo entrevistas com o próprio. Especificamente no dia 11 de junho de 2017 Merten comenta as resenhas feitas por Douchet para o Cahiers du Cinema em várias edições do Festival de Cannes . e destaca um comentário pelo crítico francês sobre Buñuel, que apresentou Viridiana à Palma de Ouro em 1961. Traduzido para o português por Merten, ficamos nos seguintes termos: “Buñuel é um autor, mas não um metteur-en-scène , exceto por momentos. Fica sempre preso ao símbolo, incapaz de se apagar diante das coisas”. Cena de Viridiana de Buñuel Quero me ater aqui à segunda frase desse curto comentário, que me impressiona pela concisão e pela riqueza. Seríamos capazes de classificar os artistas em geral [vou além da proposição de Douchet, que se atém a diretores de cinema] pela su

Carlos Pellicer sobrevoa o Rio de Janeiro

TERCERA VEZ      Desde el avión,      la orquestra panorámica de Río de Janeiro      se escucha en mi corazón.      Desde la cumbre del Corcovado      hasta las olas de Copacabana,      la dicha es una simple distancia que ha pasado       borrando fechas próximas con sus manos plateadas.      Ataré mi existencia sideral      a la divina roca del Pao de Assucar      que ve nacer la aurora antes que el agua mar.      El mar de Río de Janeiro      es una antigua barcarola      que está aprendiendo la ola      leve de mi pensamiento.      Guanabara su nombre. Guanabara,      como una estrella que se alargara      sobre le ritmo del momento.      Ciudad naval, tus avenidas      de orohidrográficos prodigios      anclan mis ojos en un aire       de eternidades sin abismos.      Tu mar y tu montaña      - un puñadito de Andes y mil litros de Atlántico - ,      pasan bajo las alas      del avión, como síntesis del continente amado.  

Gênesis de Belo Horizonte - Notas

E vejam como, nesse Gênesis de cidade que aparece do nada, não nos falta nem a serpente. Vejam na notícia ao lado com quem o nosso primeiro agente de correio,  Sebastião Maggi Salomon, dividiu o peito materno quando era ainda um bebê e morava em Itajubá na Rua dos Remédios [onde mais?].  Note como a danada, uma vez saciada do leite materno, escorrega pela extensão do corpo da Dona Mariana, apanha guardas e pés da marquesa e se esconde num dos cantos da alcova.  Note que não era a primeira vez. Note que provavelmente não foi a última. E que Dona Mariana “nenhuma ofensa sofreu”. Advogado muito bem aleitado, Maggi Salomon casou-se com a irmã de um futuro presidente da república e de agente de correio chegou a ministro.